sábado, 23 de julho de 2011

...Eu sem você nessa cidade inundada de gente e as coisas retomam seu lugar de origem terrena, perdem a poesia que inventamos partindo dela. Eu sem você e a cidade que não é mais a mesma, não sei o que é maior: a Falta que sinto ao vê-la ou a saudade da poesia que sente ela...Os fins de tarde só são o começo das noites, que agora só fazem sentido sendo noites, assim como para todos, hora de dormir e esquecer o dia. Muros são muros, pedras ferem meu pé, mas agora ferem ao ponto de perceber o que é a dor e o que são as próprias pedras, as ruas são freqüentadas somente por pessoas e correrias, sem as pausas que os amantes dão ao tempo. Agora por fim, o amor ainda existe, mas assim como para todos, dorme numa noite sem fim e ao calor do corpo sempre esfria...

 
Laercio Nicolau

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